1. |
Ô, Vagabundo
03:37
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Se livrar é tão dificil
Não dá nem pra imaginar
Afinal tens uma cama
E um travesseiro pra sonhar
Vi o dia, vi a noite
E troquei um pelo outro
Acabei num bar sozinho
Rindo a toa pelos cantos
E passamos dias caminhando lentamente
E passamos noites observando as estrelas
Hoje vivemos correndo, batendo nossas cabeças
Vagabundo é quem faz muito
Vagabundo é quem não pensa
Quero andar de pé descalço
Nesse mundo de asfalto
Vou queimar identidade
E inventar um nome falso
Clandestino na minha terra
Sou local em qualquer parte
Meio que fazendo arte
Vou buscando a vida eterna
E passamos dias caminhando lentamente
E passamos noites observando as estrelas
Hoje vivemos correndo, batendo nossas cabeças
Vagabundo é quem faz muito
Vagabundo é quem não pensa
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2. |
Amenidade
03:09
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Tenho vontade de animar
O tempo gasto em conversar
Sentar no bar sem precisar
Trazer à mesa um tema
Que se possa polemizar
Opinião, que vão pensar?
Peso demais pra carregar
Quero uma vida amena
Me diga que está tudo bem
Não me interessa na real
Contando causos do passado
"e o trabalho? Será que chove?"
São convenções, são os atalhos
Trato diário falho
Discussão é tão exaustiva
Vou defender a omissão
Cordialidade é sedativa
Vida evasiva
Sou espelho de todos vocês
Tenho em nós abismos que nem sei
Mas nosso reflexo é tão pueril
Mas nosso reflexo é tão vazio
Quanto as palavras que trocamos
Não quero te incomodar
Não quero me meter
Mas eu acho que
Talvez
Quem sabe
Esquece...
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3. |
O Tempo Que Te Resta
04:30
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Fala pra mim de quanto
Precisa pra passagem
Posso te dar um apoio?
Uns goles de cachaça?
Está tão frio aqui fora
Não quer dormir na minha baia?
Fala que te quer bem
Venha me dar um abraço
Esses ombros cansados
Carregam o mundo todo
E se contenta com pouco
Porque pouco é o que há
Se o ócio é prejuízo
Quem será que perde ao descansar?
E num sonho delírio
Crio meu caminho
Vamos beber na rua
Vamos morar na praça
Vamos fazer fumaça
Sem usar gasolina
Vamos fazer a faxina
Que a cidade é nossa
E no garrão da terra
Sangue, suor e mate
Não há nenhum combate
Que não se faça interno
Não há nada mais moderno
Que o nosso passado
Temos as duas mãos
Temos ambas as vias
E só haverá saída
Se o trabalho unir
Gira roda da história
Chega com novos ciclos
Renascidos
De ruínas
E vai adiantar tu se esquivar
Ou se esconder
De um pássaro de luz
Que te transpassa o ser?
Vida velha e descompassada
Que fique para trás
Quebrando a casca
Um novo mundo se faz
Vamos beber na rua
Vamos morar na praça
Vamos fazer fumaça
Sem usar gasolina
Vamos fazer a faxina
Que a cidade é nossa
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4. |
Vaguear Perdido
03:24
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Podría ser diferente
Pero algo salio mal
Asi que me he creado
Mitad gente y animal
Yse pasaron los años
Y me crescieron los dientes
Mis instintos afilados
Ahora veo lo que sientes
Abandone mi jauría
Ya no tenía sentido
Elegi vaguear perdido
Y buscar otra família
Sé que algunos tienen miedo
Y no me miran en los ojos
Pero no hay ningun segredo
Que se guarde de los lobos
Pero no hay ningun segredo
Que se guarde de los lobos
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5. |
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Eu tenho uma chama
Que tu também deve ter
E a guardo com distância e com carinho
E ela que minha vida dá sentido
É a ponte que me liga com o vazio
E eu faço o possível
Pra não me queimar inteiro
Mesmo sabendo que esse é meu destino
Moderação é lei de pergaminhos
E o fogo é o seu grande inimigo
Joga água no meu fogo
As contas pra pagar
O carro, o nome, as rusgas com vizinho
Estão atravancando meu caminho
E eu não consigo ser o passarinho
Meta álcool no meu fogo
Que é pra soltar labaredas
Incendiar o mundo todo
De loucura e de beleza
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Cuscobayo Porto Alegre, Brazil
Música popular do sul do Brasil e da América do Sul.
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